sexta-feira, 29 de maio de 2009

Contradições

Preocupo-me com o ambiente. Sempre me preocupei mas ainda mais agora que tenho uma filha. É importante que lhe deixe um bom legado...

Mas por outro lado, é precisamente o facto de ter uma filha que me faz ter de fechar tantas vezes os olhos a alguns comportamentos que antes considerava impensáveis!

Comecemos pela quantidade de fraldas que todos os dias deito fora. E nem me venham cá falar de fraldas reutilizáveis - as de pano que a minha mãe usava também eram reutilizáveis - são caríssimas e nada práticas! Pois se o tempo mal chega para lavar a roupa quanto mais ainda as fraldas!

Com as fraldas vêm os sacos de plástico para as deitar no lixo. Antes ia ao supermercado com a minha cestinha reciclada e, quando não podia evitar os sacos, trazia o mínimo possível. Nem pensar em deixar as meninas da caixa colocarem-me as compras em sacos, porque elas têm ordens para não colocar mais que três produtos em cada um! Mas agora mesmo que não queira, os ditos fazem-me falta e lá dou por mim a trazer mais sacos para casa num dia do que antes numa semana!

Há ainda os "efeitos colaterais". Como o tempo para fazer limpezas é cada vez menos, mas por outro lado a necessidade de manter a casa limpa é cada vez maior, toca a comprar a bela da swifer e os belos dos toalhetes para limpar o pó enquanto o diabo esfrega um olho! Tudo descartável! Tudo poluente!...Tudo muito...PRÁTICO!!!!
E é assim que tudo tem de ser para já: prático! Porque cada minuto a limpar a casa é um minuto a menos a ver a minha pipoca a crescer. Porque apesar do alargamento da licença de maternidade, o tempo passa a voar e não tarda nada só a vejo 2 ou 3 horas por dia, muito pouco.
Porque não tarda nada ela começa a andar dum lado para o outro, a usar menos fraldas e a ajudar a mamã nas limpezas (era bom, era!) e aí já podemos voltar a ter uma atitude mais ecológica e educativa!
Mas para compensar, a alimentação é um acto do mais ecológico que existe: a mamoca da mãe não tem embalagem, não vem em saquetas individuais, não gasta energia a aquecer e não tem desperdícios. Mais ecológico não podia ser!

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Lei da relatividade

Antes de ser mamã, um dia bem preenchido era um dia em que, além do trabalho, tinha tempo para me encontrar com os amigos, jantar fora, beber um copo, dedicar-me aos meus hobbies...
O insucesso de um dia estava relacionado com o facto de, para além do trabalho, me dedicar exclusivamente a tarefas domésticas: limpar a casa, estender roupa, passar a ferro...
Oh, doce maternidade! Hoje em dia sinto-me a criatura mais vitoriosa quando consigo fazer a cama, arrumar a cozinha e por alguma roupa a lavar. Aspirar a casa? Huuuhuuu, que loucura!!! Isso é um dia extraordinário!!!!

Porque é que as vacas são gordas?...

Crescemos a ouvir falar nos "desejos de grávida" e pensamos logo em iguarias como mousse de chocolate com favas às três da matina. Mas agora depois de ter passado pela experiência posso dizer que é um exagero um bocadinho ficcionado. O desejo mais forte por certos alimentos deve-se justamente às alterações hormonais e às necessidades específicas do organismo.
Agora aquilo de que ninguém fala é dos desejos de mamã a amamentar! Chiiiiça, parece que estou rota! E só apetecem coisas boas: bolos cheios de creme, natas a toda a hora, batatas fritas, pão com tudo ou sem nada!!! Um Cornetto à meia-noite!
Só fico com medo que este apetite irracional e assustador se mantenha depois de deixar de dar mama!!!
E voltando ao título do post: será por isso...?

terça-feira, 7 de abril de 2009

Não é fácil...


...mas tudo compensa quando em troca o que se recebe é o sorriso desdentado mais lindo do mundo!
Siiiim, sou uma mamã muito babada e tenho motivos para isso.

quarta-feira, 18 de março de 2009

E finalmente...


A Estrela Mais Adorada brilhou às 15:28 da passada sexta-feira!

Do turbilhão de emoções ressalta o facto de eu tomar consciência de que sou o centro do mundo de alguém.

Assusta um pouco...mas é tão boooom!!!!


quarta-feira, 11 de março de 2009

Bricolage...

E pronto. Hoje é dia 11 de Março, já passaram todos os prazos estabelecidos e nem sinais desta menina querer sair. Já lhe expliquei que está um sol lindíssimo, que a primavera quer chegar mais cedo, que o mundo está a pôr-se todo bonito e enfeitado e que ela vai adorar conhecer todas estas coisas. Mas NADA! A minha piquena é mesmo teimosa!
De maneira que, chegado este momento resta-me esperar pelo dia de amanhã, em que como está previsto irei para a maternidade de malas aviadas, pronta para o grande momento.
E é muito estranho, embora tranquilizador, ter esta certeza, esta data limite. Por um lado permite-me controlar mais a ansiedade sobre quando será que vai nascer; por outro fico a pensar que estou a um dia, talvez umas horas de ter uma vida totalmente diferente! A partir do momento em que sair de casa amanhã tudo será diferente quando voltar...e isso faz-me olhar de outra forma para as coisas. Agora há nitidamente um "antes" e um "depois". E continuo a não ficar nada nervosa com isso, pelo contrário, estou até mais tranquila!
E agora se me dão licença, enquanto ainda estou no "antes" há uma série de coisinhas que gostaria ainda de fazer e algumas delas envolvem um berbequim, uma aparafusadora, pelo que o melhor é aproveitar enquanto há luz do sol:)

quinta-feira, 5 de março de 2009

Deadline

Pois bem, apesar de por aqui tudo se manter calmo e sereno, sem qualquer alteração, hoje foi marcado o "prazo de validade" da minha bola de básquete!

12 de Março!

Se até lá esta piquena continuar preguiçosa, bem, vamos ter de iniciar uma acção de despejo aqui da suite! E já com uma semana de atraso em relação ao contrato de arrendamento, que eu sou uma senhoria muito compreensiva!

Entretanto e para a receber da melhor forma possível, aprimoram-se os pormenores aqui em casa. A vantagem desta demora é precisamente o facto de me permitir por em prática alguns pequenos projectos para o quarto da princesa! Já que sou uma nulidade no que respeita a lavoures - para isso existem as avós - dedico-me àquilo em que me sinto à vontade. E estou a ficar satisfeita com os resultados. Será que a nossa inquilina tão desejada também vai gostar?