quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Gôda não, fóte!

Não há direito!
Primeiro uma pessoa descobre que está grávida e de um momento para o outro antes de comer o que quer que seja tem de responder aos 324 itens de uma check-list imaginária, só para saber se pode ou não comer.
Depois esquece a check-list, porque fica tão enjoada só com a ideia de meter comida à boca que a vontade é auto-internar-se, alimentada por via intravenosa.
Depois, felizmente, essa fase também passa. E como o olfacto está apuradíssimo descobre que tem andado a perder uma panóplia de sabores e aromas que tornam algumas comidas absolutamente de-li-ci-os-as! (por exemplo, nunca me tinha apercebido da subtileza aromática presentes nos cereais special K...) Mas é preciso algum auto-controlo, para não ganhar demasiado peso.
E consegue-se, com algum esforço.
E toda a gente elogia, que estamos muito bem, que não engordámos nada, que por este andar vamos poder vestir as nossas roupas normais à saída da maternidade, etc. Grande erro!

Tanto elogio só podia dar asneira, ou melhor, fome. E vai de doces, que nunca gostei, tremoços à sobremesa do jantar, pães de leite com queijo tostado. "Eu posso, eu não engordo", pensava eu.

Pois, pois. Diz agora isso às duas enfermeiras e à médica que ontem te chamaram de balofa para cima, delicadamente (se você engordasse decentemente...)

Conclusão: seis meses e NOVE quilos!!! E um maridinho querido que me traz pasteis de nata para o lanche enquanto me chama carinhosamente de debulhadora. Que fofo! Ai, não que fofa sou eu...pelos vistos!